29 de setembro de 2010

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Quando sol acabara de se fazer presente, parei alguns minutos para observar minha confidente mais leal: As paredes de meu quarto. E em mais uma de minhas seções diárias de desabafo, vi um grande desenho, um pouco infantil, talvez feito por algum intruso de quem sabe 6 ou 7 anos, que de repente começou se auto projetar lentamente. Uma folha carregada apenas pelo horizonte, flutuava de um lado para o outro. Folha atrevida o que faz em minhas paredes?
Ela foi subindo em direção ao teto, onde havia um céu estrelado diria até o mais estrelado que já vi no meu pouco tempo de vida, o mais estrelado e dono da beleza mais exuberante presente na terra. Pobre folha vazia, tão solitária. A vida toda se perguntou, onde estão seus semelhantes? Talvez ela pertencesse ao céu, talvez fosse uma estrela disfarçada.
Então as corres começaram a se misturar e me envolver, cegando meus olhos deixando-me sem reação. Suguei o máximo de ar que coubesse em meus pulmões e quando comecei a soltar lentamente o ar que havia contido, fui abrindo meus olhos e entendendo que talvez todos estejam disfarçados. Somos folhas ou estrelas?
Quinta-feira, 18 de novembro de 2009. 10h16min PM.

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