8 de novembro de 2010

De Repente ...


De repente das brincadeiras fizeram-se lágrimas
E das lágrimas uma vida nova,
E de uma vida nova um eterno adeus;
Até as lembranças que me eram imortais fizeram questão de partir.
De repente do presente fez-se o passado e do passado fizeram-se cinzas e das cinzas ficaram pesares.
De repente, fez-se dos dias, dias, e das noites, noites.
E das mãos já calejadas, fez-se novos caminhos.
E das ruas vazias, fez-se o movimento suave de um recomeço.
De repente, dos sonhos fez-se a realidade.
E da realidade que já era um monstro, fez-se máscaras a serem retiradas.
De repente, das mãos armadas surgiram abraços,
E dos olhos que eram cheios de desesperanças, fez-se a crença de dias melhores
Fez-se do horizonte que era escuro, um arco-íris.
E das rosas desabrochadas da sala, fez-se grandes girassóis.
De repente do desespero fez-se a aceitação
E das tristezas e lamentações fez-se o esquecimento.
De repente das palavras amargas fez-se o silêncio
E do silêncio fez-se a cansaço
De repente dos grandes homens, fez-se homens, apenas homens.
Sem super poderes com defeitos e virtudes
De repente da crença fez-se a verdade
E da verdade fez-se a espera,
E da espera fez-se o vazio que vem e fica, beijando a noite, beijando o dia,
Traindo esperanças, ultrapassando sonhos, desafios, conquistas, enfim.
De repente, fez-se do tudo nada,
Fez-se do nada a vida
Fez-se da vida o nada
E assim por diante.
São tantas as idas e vindas
Tantas partidas e pesares
Tantos encontros e planos
Uma árvore não pode estar no meio do oceano, mas ela está!

Nenhum comentário:

Postar um comentário